A escalada do preço do gás de botijão em meio à crise
econômica gerada pela pandemia reacenderam no Congresso o debate sobre
políticas sociais para subsidiar o combustível à população de baixa renda, que
vem apelando a lenha ou carvão para cozinhar suas refeições.
Em meados de fevereiro, o preço médio do botijão no país
atingiu o maior valor desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis) começou a compilar os dados, em 2004. E, mesmo com a isenção
de impostos anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em março, o preço do
produto não parou de subir.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), 14 milhões de domicílios brasileiros usavam lenha ou carvão para
preparar alimentos em 2019, número equivalente ao do ano anterior e a cerca de
20% do total de domicílios do país.
A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que, já em
2018, combustíveis como lenha e carvão ultrapassaram a fatia do gás de cozinha
na matriz energética residencial brasileira, tendência que, segundo
especialistas, pode ter se acentuado na pandemia.















