“Você sai do trabalho um lixo de pessoa e fica sem saber se
de fato é competente ou não, ainda mais em um período de crise sem achar
emprego.” A arquiteta Marcelle Teixeira sabe muito bem o que é ser vítima de
uma situação de assédio moral no trabalho.
Quando atuava em um escritório, o
chefe direto dela chegou a rasgar um projeto na frente de um cliente em plena
reunião. “Ele tinha uma triste mania, ou forma de lidar com as
coisas, talvez até por machismo. Era constante, diariamente, gente chorando,
chateada, triste.
Rasgava o material que eu ia apresentar na cara, amassava,
jogava no chão e dizia que a gente não sabia fazer nada, era nesse nível.
Muitas vezes, o cliente acaba interferindo no meio da reunião: ‘Fulano, peraí,
calma, não é assim que se fala com ela não’”, conta.















