terça-feira, 2 de setembro de 2025

Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, alerta OMS

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira (2/9), acendeu o alerta: mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com transtornos mentais. Ansiedade e depressão lideram a lista das condições mais comuns, atingindo pessoas de todas as idades e classes sociais.

Esses problemas não afetam apenas a saúde individual, mas também geram impactos profundos na qualidade de vida, produtividade e economia global. Estima-se que a ansiedade e a depressão custem, juntas, US$ 1 trilhão por ano – cerca de R$ 5,5 trilhões.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a urgência de mudanças: “Transformar os serviços de saúde mental é um dos maiores desafios da saúde pública. 

Investir nessa área é investir em pessoas, comunidades e economias. O cuidado não pode ser visto como privilégio, mas como um direito básico que exige ação urgente dos governos”.

Segundo o relatório, os transtornos mentais já são a segunda maior causa de incapacidade a longo prazo, elevando os custos para famílias e sistemas de saúde em todo o mundo.

Entre as consequências mais graves, o suicídio continua sendo um problema alarmante. Em 2021, foram registradas 727 mil mortes. Jovens aparecem como o grupo mais vulnerável, com índices preocupantes.

A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é reduzir o número de suicídios em 33% até 2030. No entanto, as projeções atuais apontam para uma queda bem menor, de apenas 12% até o prazo.

Outro dado que chama atenção é a desigualdade no acesso ao tratamento. Em países de alta renda, mais da metade das pessoas com transtornos mentais recebe atendimento adequado. Já em países de baixa renda, esse número não passa de 10%. Esse abismo reflete o quanto a saúde mental ainda é tratada como secundária em boa parte do mundo.

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