O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto
de lei que estabelece regras para tentar frear a adultização de crianças e
adolescentes no mundo digital. A proposta, que já havia sido alterada pela
Câmara dos Deputados, voltou para análise dos senadores e, após aprovação,
segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Medidas previstas
O texto prevê uma série de obrigações às empresas
responsáveis por redes sociais, sites, programas, aplicativos, jogos
eletrônicos e plataformas digitais. Entre as principais medidas estão:
Vinculação obrigatória das contas de crianças e adolescentes
a um responsável;
Remoção de conteúdos considerados abusivos ou inadequados
para esse público;
Aplicação da lei a todo produto ou serviço digital que possa
ser utilizado por menores de 18 anos.
Segundo os autores, o objetivo é reforçar a proteção de
crianças e adolescentes em ambientes digitais, diante da crescente exposição
desse público a conteúdos impróprios.
Penalidades
O descumprimento das normas poderá gerar multas que variam
de R$ 10 por usuário cadastrado na plataforma até o teto de R$ 50 milhões, a
depender da gravidade da infração.
Além disso, as empresas que não cumprirem as determinações poderão sofrer suspensão temporária ou definitiva de suas atividades no Brasil.
Votação e
divergências
A aprovação ocorreu de forma simbólica, quando os
parlamentares que apoiam a proposta permanecem como estão e apenas os
contrários se manifestam. Votaram contra os senadores Carlos Portinho (PL-RJ),
Eduardo Girão (Novo-CE), Jaime Bagatolli (PL-RO) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Com a decisão, o Brasil dá mais um passo no debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais diante da proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual.
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